quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Odeio Poesia

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Odeio poesia... Sim, odeio...
Essa poesia barata cheia de clichês,
Em  que falsos poetas não possuem
Sentimentos alguns que os mova...
Poesia desprovida de cores
(Nem ao menos o cinza dos dias 
Em que a tristeza não vai embora)
Poesia desprovida de nexo
(Especialmente da fantasia
Que enche a alma dos poetas)...
Odeio poesia... Sim, odeio...
Odeio essa poesia apática,
Em que o mundo gira em torno
De seus egos mais que mesquinhos,
Que desconhecem a ternura e o afeto
(Ou que quando tentam mostrar
Não passa de puro cinismo)...
Essa poesia que não sabe chorar
Porque muitos agora choram...
Odeio poesia... Sem dúvida alguma...
Essa poesia repetitiva, banal,
Onde as emoções passam longe,
De onde a imaginação nunca veio
(Ou se veio, foi logo embora),
Onde a emoção é um cavalo amarrado
Na corda de um formalismo imbecil
Que foi levado ao rio, mas nunca beberá...
Poesia que se faz de correta,
Mas esconde seus mortos no armário...
Odeio poesia... De todo coração...
Poetas idiotas... Pseudos-poetas...
Esqueceram-se que o poeta não é um deus?
Ele é alguém que por erros deram-lhe asas
E quer aprender à voar por toda a vida...
Se não conseguiu, é uma outra história...
O poeta é o louco que bebe de todas as manhãs,
O tolo que abraça todas as paixões,
Aquele que consegue escapar da morte
Pela vida que está contida em seus versos...
Odeio poesia... Essa poesia...
E sem levantar bandeiras ou receber aplausos,
Sigo meu caminho sem olhar para trás,
Não dito normas, não sou legislador,
Sou apenas um entre tantos outros,
Os outros que beberam dos versos e viciaram,
Os que aprenderam à falar mesmo em silêncio,
Agora só possuo olhos, coração e pés,
Mais nada é preciso ou necessário...
Odeio poesia... Essa poesia... Como odeio...

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