Profano, humano,
sujeito à todo tipo de vertigem,
os tiros não-atirados me atingem
e eu não sei mais onde correr
canalha, safado,
nem sei qual o lado,
só sei que vou morrer...
Profano, insano,
vivendo sob o sol e sob a chuva,
quase derrapei na hora da curva,
às vezes nem tenho o que comer
fumante, cachaceiro,
quem manda aqui é o dinheiro,
é só questão de ter ou não ter...
Profano, humano,
fazendo alguns versos malfeitos,
todos nascemos sem os nossos direitos,
o choro e a chuva não se pode conter
safado, otário
o espelho é apenas o contrário
daquilo que podemos ver...
Profano, insano,
me deixem eu parar por aqui,
é tanto castelo que está por cair,
quem sabe algum dia se possa viver,
malandro, pilantra,
nada agora mais me espanta,
não me espanta nem viver...
Nenhum comentário:
Postar um comentário