segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Alguns Poemetos Sem Nome - Número 5

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Eu não sei
o que o tempo pode trazer de surpresa
assim como não sei qual é a leveza
dos sonhos que continuam à flutuar
pode haver distância e falta-me o ar
Dormimos todos
e o engano é pensar que estamos acordados
não sabemos que há tiros para todos os lados
a realidade é sonolenta o tempo todo dorme
e repetir e repetir é tarefa tão enorme
E eu não sei...

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Eu vi coisas que não
Conheci coisas que desconheci
Numa eterna e terna contradição
Eu ri e estava chorando
Odiei e continuei amando
Numa eterna e terna contradição
Já comi e continua minha fome
Veio a fama e não tenho sequer nome
Numa eterna e terna contradição
O negro da noite claridade é
Quanto mais ateu mais tenho fé
Numa eterna e terna contradição...

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Sem voz
sem nós
feroz
atroz
palavras pequenas
muitas cenas
toda memória
única história
pássaros em bando
até já até quando

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A perfeição pode ter vários rostos...
um deles é aquele teu
que me olha nos cantos dos olhos
enquanto eu bebo o café
feito quase agora
com aquelas torradas bem clarinhas
que tu mesmo fizeste...

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não tenho estilo
só tenho estalo
tudo que vejo - falo...

não tenho pena
mas tenho compaixão
todo homem - é meu irmão...

não sou dali
muito menos de lá
venham todos ouvir - meu cantar...

não sou um deus
talvez até profano
por isso perdoa-me - sou humano...

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as palavras que mais me doem
não foram dirigidas pessoalmente
para me ferirem
foram lançadas ao vento
e acabaram atingindo o peito
qual flecha envenenada...

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O amor não me quiz
achou-me feio demais e sem graça
A alegria me dispensou
tinha mais coisas para fazer
e seu tempo era muito curto
A saudade até brincou comigo
mas sua agenda tinha compromissos
bem mais importantes que meu suspiros
Só a solidão teve pena de mim
e agora formamos um par perfeito...

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