Amada nua entre as estrelas,
guia da noite de um solitário,
berço original de amantes e poetas,
eis-me aqui em versos mais tristes,
para te saudar...
Dona implacável das marés,
canção terna e mais doce,
enigma mais indecifrável
onde Jorge mata eternamente o dragão,
eis aqui os meus olhos...
Permita-me que sonhe novamente
com aquelas luzes antigas
que eu vi um dia longe no passado,
quando era apenas um menino,
mas por isso mesmo, podia sonhar...
Leva-me em terna segurança,
fora do perigo das ruas em que sigo,
sou agora apenas um bicho da noite,
um gato, um pássaro, talvez um lobo
e tenho medo do dia seguinte...
Compreenda todo o meu desespero,
tu que reinas sem pudor algum,
há muito procuro a minha alegria,
tropeço em meus próprios passos
pois ando assim bêbado de esperança...
Lua! Lua! Lua! Mil vezes amada,
tem pena porque o Sol, malvado, ri de mim...
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