quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Na Garganta Número 2

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Chega!
Mentiras demais é o que temos
E isso não pode ser assim...
Do que você tem medo?
Da morte? Da dor? Do ridículo?
Por que ter medo da morte?
Ela virá mais dia, menos dia,
Baterá em nossa porta
E entrará de qualquer forma...
Temos medo da dor?
Já nascemos chorando,
Vivemos do choro o tempo todo,
Seja o nosso ou o que provocamos...
Será que o ridículo nos aterroriza?
Nada deixa de assim o ser,
Olhamos sempre com nossos olhos,
Mas esquecemos de muitos outros...
Chega!
Já temos provas mais que suficientes
Que somos a maior praga do mundo...
Do que você tem medo?
Da morte? Da dor? Do ridículo?
Por que ter medo da morte?
Ou você vai pra onde merece,
Ou vai pra lugar nenhum,
O que no fundo dá na mesma...
Temos medo da dor?
Então tomemos vergonha na cara
E paremos de uma vez
De causar ou esquecer da dor dos outros...
Será que o ridículo nos aterroriza?
Aprendamos com os bichos e as crianças
Que vivemos jogando fora a pouca alegria
Que podemos ter em troco de nada...
Chega!
Aproveitemos totalmente as manhãs que temos
É o maior espetáculo da terra estarmos vivos...
Deixemos de negar pelo menos nosso sorriso,
Sorrisos não dados são mais tristes que flores mortas...
Tenhamos mais um pouco da coragem que nos falta
De não aceitarmos a covardia, a maldade e a violência...
Não se esqueça que a injustiça que aceitamos
Um dia também irá nos atingir com toda a certeza...
Não escondamos a verdade sob o tapete
Mesmo quando ela aponte o dedo contra nós...
De forma alguma desperdicemos nossos defeitos,
A consciência deles nos ajudará com nossos acertos...
Não somos anjos e nem tampouco demônios,
Somos os dois e isso é que o somos pra caminhar...
Temos que rir mais, dançar mais, cantar mais,
Sem nos importarmos com as amarguras que passarão...
Ah! E não esqueçamos nunca de fazermos versos,
As meras palavras seguem, os versos ficam...
Chega!
Era só isso que eu queria falar, meu querido amigo...

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