segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Poema dos Desperdícios

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Leite azedo
amar com medo
morrer mais cedo

desperdício, desperdício, desperdício
me enganei e fui enganado desde o início
em versos bobos, em regras quebradas,
perdi meus horários, errei as estradas

Pão mofado
amar enganado
nasceu todo errado

desperdício, desperdício, desperdício
a vida pode ser apenas mais um simples vício
eu perco o ar, me debato da forma mais vã,
me esqueci do ontem, não verei o amanhã

Água caída
amar sem vida
como dói a ferida

desperdício, desperdício, desperdício
todos os caminhos levando ao precipício
perdi os meus velhos, nem tive um irmão,
lá se foi tanta coisa, foi até meu tesão

Encontro esquecido
amar decaído
só existem vencidos

desperdício, desperdício, desperdício
chorar é para sempre, não é só no início
eu ando com correntes, preso na sua amarra,
pois é tanta festa, não existe mais uma farra

Vivo meio sonolento
amor fraudulento
foi embora com o vento

desperdício, desperdício, desperdício
as ilusões permanecem nos torturando
sem nenhum porquê...

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