sábado, 28 de julho de 2018

Sinceridade Artificial

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Prefiro que você cobre 
Do que fale que me ama sem amar
Pode até me falar "eu te amo"
Quantas vezes que eu pedir
Você não vai querer me ferir
Saber que você sai com outros
Definitivamente não é me trair
Você terá sempre um sorriso
Mesmo quando estiver indisposta
Não reclamará da minha barba crescida
Ou da cor da minha nova camisa
Não me exigirá mais do que posso fazer
Não me perguntará de quem é
Aquela mensagem que chegou agora
Sempre fingirá sua frieza
Com palavras bonitas de falso tesão
Não me cobrará a meu falho desempenho
E não rirá do tamanho dele
Você tem pressa e isso é compreensível
Afinal de contas negócios são negócios
Tem paciência comigo?
Hoje só quero beber e poder falar
Coisas há muito entaladas na garganta
Coisas que sempre tive vergonha de contar
Sonhos que foram de água abaixo
Cálculos e planos que não deram em nada
E mesmo que eu lhe xingue
Acredite que foi da boca pra fora
Muitas vezes nem sei o seu nome verdadeiro
E nem imagino qual será a sua vida
Mas deve ser doída como a de qualquer um
Cada vida é um livro pra se colorir
Mudam as cores e o desenho é o mesmo
Depende do lápis de cor e de quem pinta
Quem sabe? Muitas vezes escutei histórias
Que desses encontros já nasceu até amor...
(Extraído do livro "Só Malditos" de autoria de Carlinhos de Almeida)


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