Não há lira e todo lirismo agora é fingido
O tempo é escasso e o destino é medido
Cada um entra resoluto na frente da bala
Ninguém mais grita todo mundo se cala
Só mudam os dias não mudam as estações
Só mudam os olhos as mesmas impressões
Não há lira e todo lirismo agora é fingido
Tudo se inverte e tudo é muito divertido
Lá vem a tristeza sem dar sequer um aviso
O choro às vezes tem a forma de um riso
A maior necessidade pode ser não ter nada
E assim vamos tropeçando do alto da escada
Não há lira... Nunca teve...
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