A modernidade é insólita
Assim como velhos cadernos
Com as folhas amareladas
Com palavra alguma...
Lemos invisíveis textos
Para decifrar novos enigmas
Que não nos pertencem
E que nunca pertencerão...
A modernidade é malvada
Quebra os nossos brinquedos
Rasga a nossa esperança
E nos faz marchar em fileiras...
Repetimos velhos erros
Apenas com novas fantasias
Nada do previsto acontecerá
Até o desencanto tem encanto...
A modernidade é esquálida
E rostos se contorcem de aflição
Mandem notícias do paraíso
Nunca chegaremos por lá...
Há um vento frio lá fora
Que enregela nossos corações
É a verdade dos todos os tempos
Que agora nos atinge a carne...
A modernidade é insípida
Vai nos levando sempre e sempre
E quando menos esperamos
Já fomos embora sem saber...
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