Vestido de mim,
Com as minhas fantasias e temores,
Com as minhas pinturas sem cores,
Parecidas com rabiscos nas paredes,
Estas são as minhas grandes sedes...
Vestido de mim,
Com a minha alegoria sem imaginação,
Com o meu destino sem ter compaixão,
Sem compaixão para os meus apelos,
Minhas noites povoadas de pesadelos...
Vestido de mim,
Com a roupa velha do ano passado,
Com o certo que acabou dando errado,
Errado sigo, errado vivo, errado ando
E só não sei até quando será, até quando...
Vestido de mim,
Com aquela única e mais certa certeza,
Com o barco indo contra a correnteza,
Os ventos maus vêm vindo lá do norte
E eu me preparando para vestir a morte...
Vestido de mim,
Sempre assim...
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