quinta-feira, 12 de julho de 2018

Noturnos Barulhos

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Ando por essa rua escura
num silêncio que resguarda do perigo
o ontem não sei nem faço ideia
a solidão é meu único abrigo

Não sei onde vou a cabeça gira
as luzes estão acesas com sua luz morta
nem sei para onde estou indo agora
e, afinal, isso não mais me importa

Mosquitos, morcegos, corujas voam
com um bailado em volta de mim
um dia eu tive um romance com o dia
mas todo namoro chega ao seu fim

Há bêbados e há putas e há miseráveis
algum sono pesado pela calçada
somos todos iguais dentro da noite
em que se tem a escuridão e mais nada

Ando por essa rua escura
escuto passos e alguém vem andando
e então me vem uma vaga ideia
deve ser a Morte novamente chegando...

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