Cada passo seja ele tropeçado, seja certo, seja errado, aplaudido e abençoado. Abençoado por mãos cheias de anéis, bombas e sons de muitos decibéis. Mirabolantes ideias que os tolos possuem...
Cada louco suicida, cada aldeia explodida, fim da vida. E a cisma de continuar errando. Até quando? O choro da hora do parto repetido. A vida sem ter nenhum sentido. Mirabolantes ideias que os tolos possuem...
Cada diferença por causa de grana. Há mendigos e milionários em Copacabana. Me passe logo essa bagana. Cada qual com seu nome. Cada qual com a sua fome. Uns com uma grande briga. Fome nos olhos e fome na barriga. O destino escrito na putaria. Uns são da noite e outros do dia. Mirabolantes ideias que os tolos possuem...
Cada fronteira feita de arame farpado. E cada deus mais sagrado. E um outro deus escorraçado. É assim. Não há outro jeito. Que se destrua cada coração no seu peito. Um riso por aquela piada de mau gosto. Judas beijando cada rosto. Mirabolantes ideias que os tolos possuem...
Cada prédio disputando o outro céu. A tontura que nos dá o carrossel. Tudo é brinquedo. Até a morte e até o medo. Nas sombras nada existem. Antigos erros persistem. Nada existe com alguma certeza. Estou triste sem sobremesa. Cada momento é uma surpresa. Mirabolantes ideias que os tolos possuem...
Cada rosto que se molha. E cada bunda que se olha. É o sonho que escapole. A douradinha que se engole. Só não pode se dar mole. É a reza sem fé. É homem, é mulher. É choro de jacaré. Tá como sono? Durma em pé. Mirabolantes ideias que os tolos possuem...
Cada desejo indesejável. Droga de tempo estável. Eu não quero, mas eu quero. Pra direita todo o zero. Multiplique. Não explique. Como é chique. Como é chiqueiro. O falso mais verdadeiro. É o último quem for primeiro. Vou no rio em janeiro. Tenho febre em fevereiro. Não rebole esse pandeiro. Mirabolantes ideias que os tolos possuem...
Cada qual com seu prato. Capriche aí no retrato. Não me mato. Eu sou gato. Eu sou seta. Eu sou reta. Eu sou meta. Bata palma, seu bosta! Diz que gosta. Versos que rimam nada com porra nenhuma. Não tem nada. A pedra é pesada qual pluma. Eu quero um programa com a Luma. Eu ainda não sou o tal. Viva Simonal! Viva o bacurau! Mirabolantes ideias que os tolos possuem...
Cada história com a sua guerrilha. Não é mara, é maravilha. Não é mãe, é minha filha. Tudo cansa, poe na poupança. Eu não sou mais criança. Só não perdi a esperança. Tá quase chovendo. Na ladeira eu vou descendo. Instantaneamente eu quero gente. Fiquei feliz, fiquei contente. Tenho tudo em minha mente. Tudo muda, é diferente. Vai o dedo, fica o dente. Mirabolantes ideias que os tolos possuem...
Cada plateia é uma nova emoção. Vou me embora pro sertão. É desenho, televisão. Eu não tenho nem estação. Andorinha toda minha. Hoje é festa. Tem galinha. Tem conversa na vizinha. Minha vida é tão sozinha. Eu nem tenho. Eu nem venho. Eu não sei. Nem sou rei. Cada passo que andei. Eu falo depois. Só feijão com arroz. Nem trabalho. Eu me espalho. Cada voz. Ai de nós. Vai chover. Nem posso ver. Nem posso crer. Mirabolantes ideias que os tolos possuem...
Cada um não vem, mas chega. Vem cá minha nega. Tu me desassossega. Não me nega. Vem logo e carrega. É um tiro no rabo. Eu me acabo. É o fim. Ai de mim. Sou serafim. Sou querubim. Sou cramulhão. Peguei a sorte, fui lá no norte. Estou mais forte. Faço questão. De dizer tanto e nada. É a palhaçada. Não diz que diz. Eu vou tentando, mas sou feliz. A fumaça entrou no meu nariz. Não há mais nada, nem chão de giz. Mirabolantes ideias que os tolos possuem...
É cada uma...
(Extraído da obra "O Livro do Insólito e do Absurdo" de autoria de Carlinhos de Almeida).
Cada rosto que se molha. E cada bunda que se olha. É o sonho que escapole. A douradinha que se engole. Só não pode se dar mole. É a reza sem fé. É homem, é mulher. É choro de jacaré. Tá como sono? Durma em pé. Mirabolantes ideias que os tolos possuem...
Cada desejo indesejável. Droga de tempo estável. Eu não quero, mas eu quero. Pra direita todo o zero. Multiplique. Não explique. Como é chique. Como é chiqueiro. O falso mais verdadeiro. É o último quem for primeiro. Vou no rio em janeiro. Tenho febre em fevereiro. Não rebole esse pandeiro. Mirabolantes ideias que os tolos possuem...
Cada qual com seu prato. Capriche aí no retrato. Não me mato. Eu sou gato. Eu sou seta. Eu sou reta. Eu sou meta. Bata palma, seu bosta! Diz que gosta. Versos que rimam nada com porra nenhuma. Não tem nada. A pedra é pesada qual pluma. Eu quero um programa com a Luma. Eu ainda não sou o tal. Viva Simonal! Viva o bacurau! Mirabolantes ideias que os tolos possuem...
Cada história com a sua guerrilha. Não é mara, é maravilha. Não é mãe, é minha filha. Tudo cansa, poe na poupança. Eu não sou mais criança. Só não perdi a esperança. Tá quase chovendo. Na ladeira eu vou descendo. Instantaneamente eu quero gente. Fiquei feliz, fiquei contente. Tenho tudo em minha mente. Tudo muda, é diferente. Vai o dedo, fica o dente. Mirabolantes ideias que os tolos possuem...
Cada plateia é uma nova emoção. Vou me embora pro sertão. É desenho, televisão. Eu não tenho nem estação. Andorinha toda minha. Hoje é festa. Tem galinha. Tem conversa na vizinha. Minha vida é tão sozinha. Eu nem tenho. Eu nem venho. Eu não sei. Nem sou rei. Cada passo que andei. Eu falo depois. Só feijão com arroz. Nem trabalho. Eu me espalho. Cada voz. Ai de nós. Vai chover. Nem posso ver. Nem posso crer. Mirabolantes ideias que os tolos possuem...
Cada um não vem, mas chega. Vem cá minha nega. Tu me desassossega. Não me nega. Vem logo e carrega. É um tiro no rabo. Eu me acabo. É o fim. Ai de mim. Sou serafim. Sou querubim. Sou cramulhão. Peguei a sorte, fui lá no norte. Estou mais forte. Faço questão. De dizer tanto e nada. É a palhaçada. Não diz que diz. Eu vou tentando, mas sou feliz. A fumaça entrou no meu nariz. Não há mais nada, nem chão de giz. Mirabolantes ideias que os tolos possuem...
É cada uma...
(Extraído da obra "O Livro do Insólito e do Absurdo" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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