Minha poesia morre...
Quando vejo a maldade dos homens
Tão tolos e tão mesquinhos
Correndo por tão falsas ilusões...
Morre aos poucos
Quando vê as guerras acontecerem
Morre de uma vez só
Quando todos os amores partem...
Minha poesia morre...
Quando todas as crianças choram
E todos os meus sonhos
Se desfazem feito fumaça no ar...
Morre aos berros
Ao presenciar a insensatez humana
Morre em silêncio
Quando não vê esperança em parte alguma...
Minha poesia morre...
No colo das mães desesperadas
Nos asilos com os velhos abandonados
Pelas ruas onde vivem desamparados...
Morre tão demente
Sem entender o porquê da vida
Morre do jeito mais são
Ainda com um tênue fio de esperança...
Minha poesia morre...
E mesmo morrendo todos os dias
Ressuscita em alguns momentos
Para galopar em brancas nuvens...
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