Tudo era o último
Mas não foi
Pois havia uma vírgula lá...
Atrás da parede
Havia um espaço lá,
Além do muro
Todo mundo,
Depois da jaula
Muitas e muitas ruas...
Ícaro não caiu no abismo
O abismo e o sol era gêmeos...
Depois da saideira
Mais uma e outras,
Depois de qualquer fim
Mais um capítulo...
Sonhos mortos podem ressuscitar
E o velho amor
Pegou o ônibus circular...
Vamos mostrar a língua
Para a morte...
Eu quero um carnaval,
Quero um carnaval,
Quero um carnaval
Mesmo fora de fevereiro!
Tudo era o último
Mas não foi...!
(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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