sábado, 17 de junho de 2023

Alguns Poemetos Sem Nome N° 234

Tropeçar, cair, levantar, questão de opinião. O bom-senso é apenas um detalhe... Dançar, cantar, acordar a vizinhança, apenas vontade. O peito é quem manda... Dormir, sonhar, acordar, mais um ciclo. Vida e morte passeando juntas... Tudo desse jeito, nada mais...


...............................................................................................................


Sangue

Corre entre veias

E até mais...

Nas faces coradas do menino

Que eu fui ontem...

Nenhuma recordação

Agora me abala...

Rasguei todas as fotos...

Lívido...


...............................................................................................................


O poeta fica num canto

Sem um acalanto

Sem nada, sem nada!

O poeta só tem o pranto

Só tem o espanto

Sem nada, sem nada!...


...............................................................................................................


Os tolos batem palmas...

A cegueira sai sozinha na rua...

A surdez ligou o som bem alto...

O dinheiro faz suas vítimas...

A fome se maquia de morte...

Onde estamos agora?


...............................................................................................................


Precisamos de ar

(Abram a janela, voaremos)

Precisamos de mar

(Nosso barco está pronto, partiremos)

Precisamos de sonhar

(De toda e qualquer forma, até dormindo)

Precisamos da loucura

(Nossa amiga mais preciosa, venha logo)

Precisamos de amar

(Para sempre e sempre, para sermos humanos)...


...............................................................................................................


Das veias fiz um rio

Pois é assim que se faz!

Rios silenciosos 

Com algum tipo barulho

Mas sem palavra alguma

Só o coração diz muitas

Mas os seus sinais

Poucos entendem...


...............................................................................................................


Foi quando o poeta falou

Acabou cuspindo pássaros!

E quando decidiu cantar

Estrelas saíram de sua boca!

Pobre poeta...

Só sobrou a lua em sua língua!


..............................................................................................................

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Insalubre (Miniconto)

Insalubre era a casa dela (se é que podia ser chamada de sua ou ser chamada de casa). Qualquer favela tem coisa bem melhor. Sem porta, sem j...