Sem rondó
sem capitão
Falta um
pedaço no céu
Se não me
engano eu comi...
Falta
qualquer uma graça
Que doa
menos que a cachaça
Que os
poetas leves abominam...
Falo
palavras mais proibidas
Como o
último remanescentes
Dos que perderam
o riso...
Não sei
fazer acrobacias
Tenho medo
de altura
E tremo na
escuridão...
Onde estão
meus grilhões?
Coloco-os
como puta velha
Que exibe
suas bijuterias...
Masco um
chiclete fatal
Que já está
amargo
E doeu meu
pobre maxilar...
Moedas
faltam nos bolsos
Enquanto os
calos nos pés
Executam a
minha tortura...
Doa um pouco
ou doa apenas
O meu
costume impede
De falar
porra nenhuma...
Uma tragédia
grega
Agora se
transforma diariamente
Em um samba-enredo...
É apenas uma
simples convulsão
Os exageros
que eu faço
Por não
querer mais infelicidade...
Dispenso
todo tipo de pergunta
O pedaço que
falta não importa
Já até me
esqueci do balão...
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