sábado, 3 de junho de 2023

Balão Que Balão

 

Sem rondó sem capitão

Falta um pedaço no céu

Se não me engano eu comi...

Falta qualquer uma graça

Que doa menos que a cachaça

Que os poetas leves abominam...

Falo palavras mais proibidas

Como o último remanescentes

Dos que perderam o riso...

Não sei fazer acrobacias

Tenho medo de altura

E tremo na escuridão...

Onde estão meus grilhões?

Coloco-os como puta velha

Que exibe suas bijuterias...

Masco um chiclete fatal

Que já está amargo

E doeu meu pobre maxilar...

Moedas faltam nos bolsos

Enquanto os calos nos pés

Executam a minha tortura...

Doa um pouco ou doa apenas

O meu costume impede

De falar porra nenhuma...

Uma tragédia grega

Agora se transforma diariamente

Em um samba-enredo...

É apenas uma simples convulsão

Os exageros que eu faço

Por não querer mais infelicidade...

Dispenso todo tipo de pergunta

O pedaço que falta não importa

Já até me esqueci do balão...

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Poesia Gráfica LXXXVI

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