E mais ainda
se o santo não caísse do altar...
Eu rio de
nada, eu rio de tudo,
Eu rio de
desespero feito surdo-mudo...
Seria
engraçado se a morte fosse motivo de rir
Morre gente
todo o tempo não podemos negar...
Eu rio de
tudo, eu rio de mim,
Eu rio de
coisas feias, das flores do jardim...
Seria
engraçado se não fosse com a tua mãe,
Só nós
mesmos que a nós é que interessa...
Eu rio de
mim, eu dos mais pobres,
Como se
fosse repleto de sentimentos nobres...
Seria
engraçado se o chifre não fosse o teu,
Te
confundiram com outro e te deram porrada...
Eu rios dos
mais pobres, rio dos desamparados,
Dos que
dormem nas ruas, os abandonados...
Seria engraçado
se tivesse alguma graça,
Mas a força
das circunstâncias é bem outra...
Eu rio dos
desamparados, que não têm nada,
Rio do
susto, da queda e daquela topada...
Seria
engraçado se além de meras máquinas
Nenhum
sofrimento não pudesse nos atingir...
Eu rio dos
que não têm nada, que assim viveram,
E nem ao menos, repararam que morreram...
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