Não dói
tanto assim
É que vamos
nos acostumando
E então
vamos enfim andando
Para o que
chamamos – fim...
Até a dor
vira brinquedo,
A fome, o
sono, o medo,
A doença, a
incerteza, a solidão,
Até que a
morte venha como ladrão...
Tudo vira o
que foi – nada
Talvez reste
algo – a esperança
Toda carta
foi marcada
E nem
sabemos os passos da dança...
Até o medo
tem seu medo,
O mal sabe
que um dia irá perder,
Não existe
tarde, não existe cedo
Se afinal,
iremos todos – morrer...
A bala
perdida, a lâmina cega,
O que eu
queria, o que não tive,
A alegria
que pede, o que a vida nega,
O tempo que
passou ainda vive...
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