sexta-feira, 2 de junho de 2023

Quando a Dor Vira Brinquedo

 

Não dói tanto assim

É que vamos nos acostumando

E então vamos enfim andando

Para o que chamamos – fim...

 

Até a dor vira brinquedo,

A fome, o sono, o medo,

A doença, a incerteza, a solidão,

Até que a morte venha como ladrão...

 

Tudo vira o que foi – nada

Talvez reste algo – a esperança

Toda carta foi marcada

E nem sabemos os passos da dança...

 

Até o medo tem seu medo,

O mal sabe que um dia irá perder,

Não existe tarde, não existe cedo

Se afinal, iremos todos – morrer...

 

A bala perdida, a lâmina cega,

O que eu queria, o que não tive,

A alegria que pede, o que a vida nega,

O tempo que passou ainda vive...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Alguns Poemetos Sem Nome N° 322

O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...