quinta-feira, 15 de junho de 2023

Non Sense Número 3


Filodrófios desfilam de morro abaixo
Em sábios queixumes delirantes...
Eu os vi! Eu os vi! Eu os vi!
Mesmo adormecido sobre o muro...
Talvez como um gato talvez...
E nesse momento exato sonhava
Com muitas águas que nunca vi...
Tirei com respeito meu chapéu
Tecido com capricho de margaridas
(Só servem se forem brancas...)
Para saudar o tempo que passava...
Era por demais exuberantes... 
Os cardamomos e os bem-te-vis
Que lilaseavam os céus acerejados
Com suas máscaras dos mais antigos
Carnavais que não passaram...
Tenho vários xotes aqui nos bolsos
Mas indeciso de qual dançarei...
Parem! Parem! Parem!
O Lobo Mau está de folga hoje
E não haverá nenhuma deglutição...
Sou tão louco como os albérios
E até mais um pouco se medirem...
Faço questão de ser o que não sou
Em palcos de cristal sobre mil águas...
Me exercito brincando com demônios
Que também sabem cantar no coro...
Quantas vezes o sol nasce na noite?
Os cães ladrejam a sua pobre sina
Enquanto sinais de trânsito perambulam...
Sou do tempo de velhas novidades
Que quadradamente prosperavam...
Pode me chamar para a hora do chá
Já coloquei minhas pantalonas novas...

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