dormente,
doente...
Não há mais prendas possíveis
e nem bibelôs na velha penteadeira...
Carente,
ausente,
patente...
Eu vejo fantasmas pelos cantos
mesmo que o único fantasma seja eu...
Penitente,
inconsciente,
negligente...
Mesmo quando não bebo levo tombos
e o chão da rua acaba virando leito...
Descrente,
estupidamente,
vagamente...
A saudade me persegue feito cão raivoso
e não consigo fugir dele mesmo que queira...
Pendente,
impaciente,
debilmente...
Resisto até o mais extremo que posso
e mesmo assim saio todo machucado sempre...
Demente,
demente,
totalmente...
(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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