Era meu temporal
De olhos quase tortos como os meus
Minha brisa veloz
Tudo aquilo que eu não tenho
Faça-me um favor
Me mate na primeira esquina
Passe por cima
Daquilo que irá sobrar no chão
Era minha cor cinza
Que substituiu meu pobre azul
Era calor no inverno
No teu meio faria todas loucuras
Era meu carnaval
Vamos comemorar todos os dias
E era meu enterro
Não se sabe quantas vezes se morre
Era meu temporal
De seios diferentes que nem sol e lua...
(Para J., extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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