Apagou-se a
noite para minha alma
Vedadas são
as estrelas vadias
E as nuvens
lúgubres que passam
Os pássaros
noturnos se escondem
Os bacurais
acabaram amedrontados
O menino não
enxuga mais pratos
Do lado de
fora da casa pobre...
Não é nada,
não se importe,
É apenas um
corte que vai me matar...
Eu me calo e
me escondo sob as cobertas
Aprendi
várias estranhas artimanhas
Uma delas é
saber chorar sem chorar
Não
estranhe, tudo é comum nessa vida
(Se podemos
chamar de comum)
Muitas
explosões devem haver lá fora
Mesmo que eu
não escute nenhuma
Não é nada,
não se importe,
Até a
tristeza acaba sempre passando...
Qualquer dia
tudo volta ao que era
Meus
cigarros irão novamente ao bolso
Caminharei
novamente, vagabundo
Sem destino,
sem vergonha, feito cão
Procurando
novamente minhas infelizes
E os meus
parceiros de infelicidade
E assim a
noite terá novamente sua rua...
Não é nada,
não se importe,
Amanhã na
claridade fecharei os olhos...
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