quarta-feira, 21 de junho de 2023

Alguns Poemetos Sem Nome N° 235

Grande tristeza feita em pedaços, tal grãos de areia ou cacos de vidro. As areias brilham sob a noite, o vidro brilha sob o sol. O menino com olhos de estrela, o sorriso de uma eternidade. As flores estarão conosco sempre, é uma chuva que nunca para. Chuva de flores, isso sim! Mil pétalas que caem no chão...


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Estranho sim, pois não? O meu peito falar bobagens e a mente, essa precavida, esquecer-se de si mesma em vários e vários tombos. Ele escuta as bobagens e ainda bate palmas. Acabou a importância se alguém vai reparar ou não vai. O coração de quem ama ou de quem sonha são parecidos, acabam dominando tudo.


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Dia desses vi uma sombra, não tive medo. Era pra ter? Uma sombra quase triste, dessas cheias de sono de noite passada, dessas mal-humorada mesmo quando ri de não poder mais. Uma sombra quase azul, num cinza parecendo nuvem pesada de chuva de fim de tarde. Iria chover agora? De certa forma, chove todos os dias, ou dentro do peito ou lá fora no mundo. Dia desses vi uma sombra, não tive medo. Era pra ter?...


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Quase nada me deixa triste agora, o costume entorta a alma. Não queremos a tristeza, mas ela faz parte de nós, nasce conosco como um sinal que nos acompanhará até nosso último momento. Nem tudo que queremos, temos. O vice-versa acaba também funcionando. Eu, por exemplo, só queria algumas areias de praia pra poder brincar e algumas nuvens também...


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Cansaço, muito cansaço, é o que temos para hoje e para todos os outros dias. Ilusão, muita ilusão, é o que nos aflige construindo todas essas nossas feridas expostas. Os pássaros que agora voam, um dia irão cair bem lá do alto. E ainda assim, mesmo não querendo, os meus olhos ainda brilham meio contentes vendo tanta coisa...


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Eu gosto de certas misturas estranhas... Que mal há nisso? Gosto de carpideiras e de carnaval, o choro pago e a alegria desenfreada... Gosto de flores pequenas sem nome e algumas nuvens vadias, o anonimato da real beleza e o passeio antes do mergulho no chão... Gosto do doce silêncio de mais um dia sem graça e os teus olhos meio tortos na foto da rede social, eis que o silêncio num canto disfarça meu desespero e os teus olhos mostram uma eternidade que nem sei se tenho...


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Quando vi, já era tarde, muito tarde para fazer alguma observação. A fogueira já tinha se apagado, todos os que eu amava já tinham ido embora, só existe uma pequena sobra de tempo. A festa tinha chegado ao fim, os convidados já tinham ido embora. Quando vi, já era tarde, muito tarde para apenas dar um olhar. E apenas algumas palavras me sobraram na boca. Ou será que nem isso?...


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