O alvo do
tiro...
A sandice
sacralizada...
O amargo ora
sim e outra também...
Uma viola
sem cordas...
Um piano sem
teclas...
Qualquer
saudade chegando...
Nem de nós
temos pena...
As pedras
rolaram...
Enxuguei
minhas lágrimas...
Que teimam
voltar...
Hoje não
terá almoço...
O príncipe
desencantou...
As musas
faltaram hoje...
E as
carpideiras nunca...
Eu coloco um
chapéu velho...
Faço caretas
no espelho...
Diminuo a
voz até calar-me...
Nada valeu
até agora...
Nenhum dos
versos sobreviveu...
Foram muitos
os anos...
Indo contra
a correnteza...
Contrariando
a maré...
Um epitáfio
lacônico...
Um mito
destruído...
As serpentes
acabaram de vir...
Os
escorpiões já estavam...
Tua nudez
tão barata...
Minha
loucura tão difusa...
De velhos
remendos um conto...
A velha casa
não caiu...
Mas continua
tão vazia...
Somos réus
confessos...
Não há
sentido na vida...
Espero o
salário que não há...
Quero parar
de berrar...
Acordei o
resto do mundo...
Se algumas
marcas restaram...
Foi sangue
nos espinhos...
Meus
adoráveis canalhas...
Putas
mascando chicletes...
Tudo pela
hora da morte...
Nossa moral
às avessas...
Um dia descubro o nada...
Nenhum comentário:
Postar um comentário