A bomba
explodiu no momento exato,
Nem mais,
nem menos...
Os pássaros,
infartados, caíram do céu,
Com se
bebessem venenos...
Eu como um
condenado, sento ao teu lado...
O cara me
passou tropeçando e falando,
Me xingou
feito uma fera...
Enquanto eu
conto esses meus trocados,
Como quem
come a primavera...
Eu como um
endoidado, fico todo excitado...
Uma velhinha
também ficou me olhando,
Deve ter
lembrado do esquecido...
Eu sou
apenas mais um poeta vagabundo,
Que só
escreve alguma coisa sem sentido...
Eu como um
desgraçado, fico todo abalado...
Meu coração
bateu dentro do peito,
Parecia que
iria pular...
A vida tem
dessas coisas estranhas,
Eu só
aprendi a chorar....
Eu como um
esfarrapado, acho engraçado...
Quem chega
na frente come primeiro,
Quem vem
depois, nem come...
Eu ando me
esquecendo de tudo,
Até esqueci
meu nome...
Eu como um
disfarçado, me sinto violado...
Tic-tac... Tic-tac...
É uma bomba-relógio!
Cuidado!
Cuidado! Bum!
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