quinta-feira, 1 de junho de 2023

Tic-Tac, Tic-Tac... Bum!

 

A bomba explodiu no momento exato,

Nem mais, nem menos...

Os pássaros, infartados, caíram do céu,

Com se bebessem venenos...

 

Eu como um condenado, sento ao teu lado...

 

O cara me passou tropeçando e falando,

Me xingou feito uma fera...

Enquanto eu conto esses meus trocados,

Como quem come a primavera...

 

Eu como um endoidado, fico todo excitado...

 

Uma velhinha também ficou me olhando,

Deve ter lembrado do esquecido...

Eu sou apenas mais um poeta vagabundo,

Que só escreve alguma coisa sem sentido...

 

Eu como um desgraçado, fico todo abalado...

 

Meu coração bateu dentro do peito,

Parecia que iria pular...

A vida tem dessas coisas estranhas,

Eu só aprendi a chorar....

 

Eu como um esfarrapado, acho engraçado...

 

Quem chega na frente come primeiro,

Quem vem depois, nem come...

Eu ando me esquecendo de tudo,

Até esqueci meu nome...

 

Eu como um disfarçado, me sinto violado...

 

Tic-tac... Tic-tac... É uma bomba-relógio!

Cuidado! Cuidado! Bum!

 

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