sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Intermitente

Sábados que são domingos que são segundas...

Meus olhos agora estão fitando o chão

Não querem mais o céu sob hipótese alguma

É tão triste se acostumar com a tristeza

Eu sou mais veloz que uma simples pedra

Os espinhos é que são meus acompanhantes...


Carnavais que são cinzas que são quaresmas...

Há tantos loucos que nada aparentam

Quem sabe um dia eu não veja mais nada

E consiga de vez pular aquele tal muro

Que sempre esteve lá e eu nunca tinha visto

Um pesadelo é apenas um sonho tão feio...


Amores que são desamores que são ódios...

Nada foi embora mesmo que tenha ido

Esse deboche foi apenas uma sinceridade

As nuvens da internet são fiéis testemunhas

Que continuo andando mesmo que durma

O silêncio é um barulho que até dói mais...


O tudo que foi algo que foi nada...


(Extraído do livro "Pane Na Casa das Máquinas" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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