quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Muito Pra Nada

Muito pra nada.

O sexo no alto da escada.

A canseira dada pelo rio.

A fome. A sede. O frio.

Quanto mais cheio mais vazio.


Muito pra nada.

A beleza é só uma fachada.

Morte matada morte morrida.

A canseira. A sorte. A lida.

A morte também faz parte da vida.


Muito pra nada.

Começar pode ser o fim da jornada.

Eu permaneço nesse mesmo lugar.

Não sei. Não sabe. Não saberá.

Nosso maior veneno é o nosso teimar.


Muito pra nada.

Não existe no livro nenhum conto de fada.

A máquina já veio da fábrica com defeito.

Quase errado. Quase certo. Perfeito.

A tua verdadeira casa é o meu peito.


Muito pra nada.

Eu só aprendi a dar mancada...


(Extraído do livro "Pane na Casa das Máquinas" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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