Muito pra nada.
O sexo no alto da escada.
A canseira dada pelo rio.
A fome. A sede. O frio.
Quanto mais cheio mais vazio.
Muito pra nada.
A beleza é só uma fachada.
Morte matada morte morrida.
A canseira. A sorte. A lida.
A morte também faz parte da vida.
Muito pra nada.
Começar pode ser o fim da jornada.
Eu permaneço nesse mesmo lugar.
Não sei. Não sabe. Não saberá.
Nosso maior veneno é o nosso teimar.
Muito pra nada.
Não existe no livro nenhum conto de fada.
A máquina já veio da fábrica com defeito.
Quase errado. Quase certo. Perfeito.
A tua verdadeira casa é o meu peito.
Muito pra nada.
Eu só aprendi a dar mancada...
(Extraído do livro "Pane na Casa das Máquinas" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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