quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Alguns Poemetos Sem Nome N° 356

Um dia hei de ser rei do meu próprio reino...

Onde margaridas e manacás floresçam sempre...

Onde haja sempre um riacho no meu quintal...

Onde sejam estações de pitangas o ano todo...

Onde possamos andar pelas ruas sem medo...

Onde os meninos assim permaneçam sempre...

Onde o mal foi embora e acabou não voltando...

Onde os diferentes sejam todos tão mais iguais...

Onde ela diga finalmente que sempre me amará...

Um dia hei de ser rei do meu próprio reino...


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Eu preciso amar o amor

(Assim como todos os poetas tentam)

Mesmo que ele se faça de sério e nunca sorria

Mesmo que me acorde dando tapas na cara

Mesmo que me dê rosas sem tirar os espinhos

Quando ele sai voando e eu esqueci de pôr minhas asas

Até quando o tempo envelheça e venham dores

Até quando o mar está revolto e não possa entrar nele

Mesmo quando a vida não me querer mais e a morte sim...

Eu preciso amar o amor...


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Aquele que é forte sabe chorar

O que tem medo sabe amedrontá-lo

Boas intenções necessitam de gestos

A ternura se acumula como a lembrança

Cada passo que damos não poderá voltar

Os meus olhos são fiéis testemunhas calados

Aquele que chora pode ser forte


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Que meu falar seja breve

(Para meus olhos falarem mais)

Que minha verdade seja única

(A mesma que mora em todos corações)

Que minha dúvida seja a mais sã

(Para que meus pés não mais tropecem)

Que meu sonho viva bem mais que eu

(Só ele pode me levar para a eternidade)...


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Quando o sol se apagar em mim

Quando os pássaros pousarem cansados

Quando a noite se recusar ir embora

Tudo será apenas silêncio

E até neste silêncio haverá uma canção...


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Pois eu te quero mais que te quero

Assim como quem está no alto 

Acaba sofrendo pela força da gravidade

Pois eu te quero mais que te quero

Como um bicho necessita de carinho

Mesmo sendo criado dentro de uma jaula

Pois eu te quero mais que te quero

Assim como o poema mais desesperado

Que acabou perdendo os versos de uma vez...


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Morda minhas carnes com selvageria

Sem dó algum, marque com os seus dentes...

Conte-me as histórias mais impossíveis

Para que esse menino aqui possa acreditar...

Me dê a rosa mais bonita que encontrou,

Não se importe com o jardim de onde veio...

Rapte-me sem pedir um resgate algum

Ou se pedir, peça que deem a brisa mansa...

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