Ah, moleco cabra ruim duma porra!
Pensava que ia me enganar?
Hem? Hem? Hem?
Daqui uns duzentos anos talvez...
Quando a barata for mais barata
E Cristina Batata virar Narizinho!
Já xiripou hoje, carrim de feira?
Bebel tá quase no beleléu
De bunda de fora e de chapéu.
Juro pela mãe do guarda!
Me dá aí três-tostão
Pra eu comprar meu carvão?
Mim não mói, mim só rói.
Qualquer hora apareço no gesso
E vou mijar no teu endereço.
E isso é só o começo,
Quanto mais subo, eu desço.
Olha o rato de cuia! Olha o rato de cuia!
A lontra se casou? Casou sim...
Foi amanhã na semana passada.
Quero uma cachaça e uma empada!
Dei bobeira na vida inteira...
Qualquer dia saracoteio no Anil!
Taytay não escorrega mas cai.
Mexidinho é bom pra carilho,
Que diga o pai e também o filho.
Ninica entrou na bica
E o Lulu tomou no sul...
Seu Penaforte teve um desmaio
E me disseram que foi em maio!
Tacaram fogo na canjica
E nem esperaram o camarão!
Tem bambolê só pras nádegas...
O grelo dela parece uma janela?
Pelos poderes de porra nenhuma
Pra me cagar nem faço força...
Toma vintão aí logo
E me compre meio quilo de meleca.
E capricha, viu? Capricha!
E traz brigadeiro de vinagre!
Senão eu taco fogo no fogo, entendeu?
Em quarto de motel a coisa é medonha,
Lá só tem lençol e fronha...
Vamos comer espinha de peixe
Com bastante macarrão?
Dizem que é bão, muito bão...
Pensava que ia me enganar?
Hem? Hem? Hem?...
(Extraído do livro "Maluqueci de Vez" de Carlinhos de Almeida).
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