Ventos caninos...
As montanhas falam e as nuvens respondem...
Todos os meses aguardam os fevereiros enlouquecidos
Com todos os seus tão pequenos e insossos feriados
Respostas de maquinadas liquidações abusivas
Enquanto há ciranda de loucos no pátio do hospício...
Dentes obturados...
Os mares agonizam e os bêbados cambaleiam...
Para cada sinal de trânsito uma moeda perdida
Com a coceira no olho que veio para a nossa tortura
Sentimos o cheiro adocicado de flores nos funerais
Há sempre uma nova velha parede que irá cair...
Gemidos secos...
Os famosos evacuam e a multidão aplaude...
A corrupção cai como as gotas de um céu hostil
Os pratos foram esvaziados sem alguma testemunha
Piolhos e outros parasitas surgem de todos os lados
Para a alegria geral do nosso mais puro engano...
Berros silenciosos...
As tábuas rangem e é sob nossos pés...
A miséria é semelhante a mais um parque temático
Hoje o número sorteado é aquele que não existe
Aquele sorriso amarelo é tudo o que o ouro nos dá
A mediocridade compra suas roupas no shopping...
Medo complementar...
O automóvel corre e vai pela contramão...
Não há mais problema que haja mais um problema
O cientista descobriu a inédita fórmula mais fálica
Os mercados agora podem vender carne humana
Macumba on line é para os escravos da internet...
Sede anacrônica...
Um muro caiu solene e eu amparei com as mãos...
Nenhum comentário:
Postar um comentário