Não importa o tamanho do sonho
Se ele apenas existe...
Não importa o tempo do relógio
Desde que ele passe...
Hoje tem curimba, meu rei!
Exu já baixa pedindo marafo
Gargalhando e fumando!
Viva a minha comadre Maria!
Não é importante a cor do pano
Desde que ele nos cubra...
Minha raça é a humana
Não tem pior e nem melhor....
O mar está lá, pode ir ver!
Meu barco partiu anteontem
E até agora inda não chegou!
Será que Janaína levou?
Na fila do pão ou na fila do SUS
Nossa fome é a mesma...
Acabou a pimenta que Bernardo deu
Mas no mercadinho tem mais...
Qualquer mocidade um dia acaba!
O corpo dela era tão bonito
Mas agora sua bunda está caída!
Como caem folhas dos galhos!
Não importa o tamanho do sonho
Se ele apenas existe...
Não importa o tempo do relógio
Desde que ele passe...
Hoje o sol saiu, meu rei!
A rua vem gargalhando e muito
Por todos os seus muitos cantos!
Viva a nossa mais nova folia!
E a pequena mariposa pousa...
Mas que cousa!...
(Extraído da obra "O Livro do Insólito e do Absurdo" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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