Cace minha cabeça
E não se esqueça
De fincá-la numa estaca no caminho
Vai ficar tão bonitinho...
Grite na escuridão
Até a exaustão
Até acabar com o meu pobre sono
Diga que é meu dono...
Me deixa sem resposta
Todo mundo gosta
Finja que não me conhece na rua
Isso é bondade sua...
Aponte na minha cara
Se puder dispara
Agora é normal não ser mais normal
É quase um carnaval...
Me pega e pinta e borda
No pescoço a corda
Quem sabe eu precisa de carpideira
Ou outra besteira...
Cospe no meu copo
Olha que eu topo
Todo vivente é um masoquista
Chamem o analista...
Cace minha cabeça
E não se esqueça
De fincá-la numa estaca no caminho
Hoje eu quero vinho...
(Extraído da obra "O Livro do Insólito e do Absurdo" de autoria de Carlinhos de Almeida).
Nenhum comentário:
Postar um comentário