terça-feira, 19 de agosto de 2025

Sanduíche de Palha

 

Hermeticamente guardado em latas de metal comestível,

A nova sensação do momento decorridos mais de duzentos anos,

Estamos totalmente embriagados sem beber uma gota sequer,

Minha confusão beira à beira da loucura sem explicação alguma,

São tantos cabelos castanhos que agora ficaram embranquecidos,

A nova demônia aprender a fazer muitas caretas para mim,

Faça chuva ou faça sol, o dia é sol de diversas máscaras,

Hoje o almoço é tijolo porque ontem a janta foi até cimento,

Não nos preocupemos com a forma que a fôrma deu forma,

São tantos os brincos que acabaram azedando nas orelhas,

Não vou dar nem um pio da piada que veio sem ter piedade,

Se tomar xarope enriquece então nunca mais eu quero tosse,

Na estrada até tem mel e as abelhas tomam conta de tudo,

Meu único desespero é agora não estar mais desesperado,

Se o mundo realmente fosse um moinho não haveria mais pão,

A sabedoria é um prato cheio que acabou de cair no chão,

Sou apenas mais um e isso me bastou pela vida inteira,

Mais vale um verso na mão do que uma estrofe ruim na rede,

Dançaremos xaxado na nova piscina desta nossa caatinga,

Com papel e cola e tinta de caneta redesenharemos o mundo,

O velho de óculos acabou de chegar de nenhum lugar aí,

A genética brigou com a estética e nunca mais se falaram,

Quanto mais eu tento ficar simples é que me complico mais,

Mentir é só uma questão de podermos abrir nossa boca,

Quando eu chegar de viagem prometo não lhe contar nada,

Como seu sanduíche bem quietinho engolindo de uma vez...


(Extraído da obra "O Livro do Insólito e do Absurdo" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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