quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Alguns Poemetos Sem Nome N° 355



O frio é a evidência do calor.

Os desertos são mares opostos?

Tudo que passa está no passado.

Vivi o suficiente para um vivo?

Toda ternura pode ser perigosa.

Por que todo brinquedo parte?

Até o nada é um acontecimento...


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Nada que esteja acima do chão permanece

Os pássaros se cansam e acabam pousando

Os aviões vão para os aeroportos ou caem

As nuvens quando a chuva chega jogam-se

As lágrimas conhecem bem a gravidade

Até a fumaça deve ter algum destino

Quase nada que esteja acima do chão permanece

Só os sonhos são autossuficientes para tal...


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Morte que te quero vida

Tristeza que te quero alegria

Meu nome é um outro

Mas pode me chamar teimosia

Pode me chamar de ternura

Pode me chamar de fim de dor

Pode me chamar de qualquer coisa

Só não me chame de desamor...


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Esqueça o jornal.

Esqueça que o sol não saiu hoje.

Que os malvados estão por aí.

Nosso tempo é muito pouco

E temos dar importância 

Ao que é mais importante:

Sonhar, amar e sorrir...


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É do povo o choro.

A luta pelo pão também.

Contra a mentira, o roubo,

Contra o que os malvados fazem...

Não sei se estarei por aqui

No dia da vitória, 

Mas o riso será do povo também...


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Nossa cumplicidade eram de tardes tristes

Que se transformavam em tardes alegres.

Nem íamos para o lado de fora,

Mas sabíamos que os pássaros cantavam.

Nenhum daqueles choros que tivemos

Não ficou dividido entre nós dóis.

Nunca apagamos a luz, não teve um beijo,

Mas nossa felicidade estava ali escondida.

Por que fui logo te amar sendo impossível?


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Estar vivo é apenas um ponto de vista

As pedras também estão vivas e nunca morrem

As ondas nunca pararam um segundo sequer

O vento se disfarça e quando vemos volta

As nuvens caem lá de cima e um dia voltam

O riso de uma criança beira a eternidade

A maldade um dia acaba acabando

Estar morto é apenas um ponto de vista

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Alguns Poemetos Sem Nome N° 356

Um dia hei de ser rei do meu próprio reino... Onde margaridas e manacás floresçam sempre... Onde haja sempre um riacho no meu quintal... Ond...