O homem. A máquina. O Estado.
Rimas secas cheias de improbalidades.
Todo sonhado que não devia ser sonhado.
Estamos acostumados com estas toxidades.
Quem teria ou podia ter nos salvado?
Talvez os farrapos de nossas saudades...
O evidente. O anônimo. A tendência.
Quem dói menos inveja quem dói mais.
Somos vermes cheios de alguma prepotência.
Guerreiros de papel em batalhas siderais.
Quem tornará em santa a nossa paciência?
Milhares de confetes em nossos carnavais...
O grande. O pequeno. O médio.
A minha memória se tornou uma ladeira.
Engulamos sem esperança nosso remédio.
O nosso choro não passou de brincadeira.
Quem vai nos salvar desse nosso tédio?
Ponha logo no copo essa minha saideira...
A moda. O antigo. O constante.
Está quase impossível segurar com a mão.
Somos roubados em cada um instante.
Mesmo quando nós não prestamos atenção.
O sonho ainda faz o seu papel de farsante?
Tudo que eu queria foi apenas ilusão...
O homem. A máquina. O Estado.
Lágrimas secas de certas impossibilidades.
Todo desejado que não seria desejado.
Estamos desacostumados com as novidades.
Quem poderia ter nos acalentado?
Talvez os restos das nossas mocidades...
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