Pode ser, não é, poderia...
Sonhos entrededos quais mosquitos
Veja só que beleza!
O poeta mascando fantasias
Apenas chicletes...
Bu! Fama pré-moldada
Com fuças de sonhador intelectual.
A realidade abomina o certo
E o errado também...
Eu não entendo meu tempo
E nem quero...
Os carrosséis ainda podem girar
Os pontos finais acabaram-se...
Tua nudez me é mais importante
Do que mil descobertas arqueológicas...
O urso-panda acabou de fazer caretas
E mostrar o dedo do meio...
Que violência mais fofinha!
Posso perguntar?
Onde estão os chiliques vitorianos
Das putas-donzelas de família?
O nosso progresso acabou de acabar...
Ordem e retrocesso! Isso sim...
A braba acabou braba demais!
Eu rio de tudo, sobretudo de mim...
É o samba-enredo xingando a mãe do guarda
E a primeira cachaça pro santo.
Vamos para a fila dos ossos?
Tem gato na tuba? Ou agora é na tumba?
Escavo velhos mitos com as unhas
E a manicura diz que não tenho cura...
As semanas agora começam nas sextas
E se suicidam aos domingos...
Espero morrer um dia depois!
Dançando com a GP mais bonita
Que a minha carteira suportar...
Macacos não me mordam!
Eu já mordo a língua sempre
Por conta de indignações certeiras...
Marina ficou com cara de lua!
Eu gosto tanto de gostar tanto...
Pode ser, não é, poderia...
(Extraído do livro "Insano" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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