Muito além da palavra
essa minha escrava
que me espolia do que tenho
Que me tira do sério
que me rouba o ar
como se fosse uma doença
Vírus sem vacina
Assombração acostumada
Que interrompe meus sonhos
que faz caretas incômodas
para que eu posso me distrair
bem na hora inusitada
fazendo que erre a mira
Que embaça minha visão
Que me tonteia com malabarismos
Que faz minha cabeça rodar
com suas debochadas piruetas
Solidão minha com milhões de almas
habitando meu pobre peito
Muito além da palavra
Eu te carrego como quem ara
sangrando minhas mãos...
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