Dói o peito em estrofes desprezadas,
a solidão me abraçando com carinho,
nada mais tenho que um riso bobo
dado desesperadamente em frente
ao manchado espelho do banheiro...
Os pelos brancos cobrem o rosto,
disputando lugar com todas as rugas,
eu sei que foi o tempo que passou,
mas confesso que nunca soube
que isso seria triste desse jeito...
Que poema ingrato é a vida!
nada mais tenho que um riso bobo
dado desesperadamente em frente
ao manchado espelho do banheiro...
Os pelos brancos cobrem o rosto,
disputando lugar com todas as rugas,
eu sei que foi o tempo que passou,
mas confesso que nunca soube
que isso seria triste desse jeito...
Que poema ingrato é a vida!
Fiz tanto esforço por rimas perfeitas
que acabaram se quebrando no chão,
no chão frio de um banheiro sujo
ou no calor da calçada empoeirada...
Que prosa debochada e sem nexo!
Esses amores que me esbofetearam
na rua e na frente de todas as pessoas
que fizeram sentir-me envergonhado
e que simplesmente foram embora...
Dói o peito mais do que um infarto
a cabeça gira mais do que num AVC
sobrevivo como não queria
mas que poema ingrato é a vida!...
Nenhum comentário:
Postar um comentário