terça-feira, 16 de agosto de 2022

Alguns Poemetos Sem Nome N° 187



a peçonha a alma queimando

todas as mágoas chegaram

todas elas em bando


a dor vem surgindo dançando

vem cumprir seu papel

ela está comemorando


não sei mais nada estou delirando

pois já vivi muito tempo

estou me cansando...


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pés, mãos, gestos

impressões marcadas 

em cada passo silencioso


 um mar desesperado

aonde foram as ondas?

...

estou bêbado

sem nada pra comemorar

...

talvez eu seja apenas

uma folha que caiu

e nem percebeu esse ato

...


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em cada esquina um lamento sem nexo

agradeçamos todas as nossas fiéis dúvidas

cada passo tropeçado foi mais um

o relógio tem nos ajudado de alguma forma

existir é como jogar damas sem adversário

meu grande inimigo mora atrás do espelho

sou o leão que vive sempre com fome

e o pássaro perigoso por suas cantorias


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de-li-ca-da-men-te

dormia um sono sem explicação

eu quero aqui que desconheço

na mais pura de todas as pirraças

até que o dia acabe se repetindo

invento as palavras que quiser

e sento na calçada contando níqueis

rir pode ser difícil quanto voar

mas mesmo assim vale a pena

espero andar novamente de novo

por terras que na verdade nunca andei

de-li-ca-da-men-te...


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flores sobre a pedra

nela poucas palavras

e alguns números

o silêncio inesperado

mas desejado

de uma forma ou de outra


água sobre o rosto

nela muitas dores

e o choro exato

com explicação

de alguns sonhos

que não mais voltarão...


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os ventos vêm brincando

misturados ao sol

mesmo tristes

sorrimos...

as folhas vêm dançando

verde coreografia

mesmo amarelando

um dia...


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Foi numa dia desses...

Que os dias se sucediam

com calma calculada...

Que a inocência

nos dava bom dia...

Que coisas pequenas

eram tão grandes...

Que eu era o menor

na fila da escola...

Foi num dia desses...


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