segunda-feira, 22 de agosto de 2022

Alguns Poemetos Sem Nome N° 189

Mágica de todos os dias

viver mesmo estando triste...

A fórmula mais infalível:

sorrir mesmo estando triste...

A lâmina mais afiada:

rir mesmo estando triste...

A defesa mais intransponível:

dançar mesmo estando triste...

O amor mais poderoso

persiste mesmo estando triste...

Mágica de todos os dias

viver mesmo estando triste...


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Encho minhas mãos com ternura

feito um menino na beira da água bebendo

eu escondo a minha tristeza na manga da camisa

porque a esperança me pegou feito uma doença

quero viver mais um dia sem me desesperar com a morte...


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Esqueço o minuto anterior...

O que acontecerá agora?

O relógio prega peças sempre...

O sol vai indo embora solenemente...

O mar repete suas canções...

E tudo envelhece inevitavelmente...


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Já tomei séria uma decisão:

Que o tempo e o espaço caiam no tapa

para decidirem que será

o dono de todas as histórias que acontecem.

Um será dono do quando

e o outro será proprietário do onde...

Não serei o juiz desta contenda,

todas as histórias já se acabaram,

o que restou delas está em meu peito...


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Vamos substituir velhas perguntas

que não foram respondidas por novas,

deixemos a velha Esfinge perplexa:

Quem não somos?

Onde estamos agora?

Para onde não vamos?...


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Modelos de nádegas excessivas

nas redes sociais (sexuais?),

Danças sem noção

e frases apenas frases...

Likes, muitos likes e nada mais...

Haverá tecnologia que nos livre

de nossa própria ignorância

transformada em sutis correntes?


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Escondo-me de mim mesmo com maestria

posso parecer uma flor sem cor

ou uma folha amarelada

(ambas cairão hora dessas...)...

Talvez esconda-me melhor ainda,

só não irei contar...


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