quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Tudo Tem

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Loucura de montão. Segredo sim ou não. Mais certa indecisão. Viver feito um bobo. Correr atrás do lobo. Isto já faz tempo tanto. Pois antes era quebranto. São dados sobre o manto. É hora do espanto. É cada um riscado. Contou já tá contado. É um pulo arriscado. Bebi e fiquei tonto. É mais quinhentos contos. Traga um  pangaré que eu monto. Ainda não fiz os treze pontos. Eu falo com parcimônia. Caprichem na cerimônia. Tá um cheiro de amônia. Que afasta o pessoal. Quero um lanche bem frugal. Desses que me deixa passando mal. Qualquer dia eu sou o tal. Vou ser rei do carnaval. A minha loucura é varrida. Eu tenho a língua comprida. Vou ser alguém nessa vida. Mesmo com a validade vencida. Entendeu sua cabra parida. Não mexa na minha comida. Tá dando uma vontade maldita. É feia e tá tão bonita. Deixe eu ver o que tem na marmita. É um cheiro forte de birita. Eu canto em inglês e não entendo. Por trinta pratas me vendo. Se quis fique querendo. É do jeito que você tá vendo. Tou lendo e não tou escrevendo. É fato que o gato foi pro mato caçar o rato. É desacato. É picardia. Calar a boca da noite. Fechar o olho do dia. E a rosa que fique prosa. Não entrosa. Não me goza. Ela é gostosa. Ela é minha e não é sua. Eu sou da vida. Eu sou a rua. Me espere um instante. Vou na lua. Quero a sua. Eu pago tudo. Pago nada. Vista esta roupa. Fique pelada. Essa vida é grande mancada. Vamos viver. Certa e errada. A minha opinião já está formada. Saiu o pão. Nova fornada. Um rádio toca com muitas cores. Eu já tive um dia os meus amores. E eu só irei por onde fores. Quero os espinhos. Dispenso as flores. Minha Nossa Senhora são tantas dores. Dancei o frevo. Jantei o galo. Não sei se devo. Ou se me calo. Sei que me atrevo. É no gargalo. É pelo chão e é pelo pé. Não quero nada. Me dê café. Quando faltou que veio a fé. Desculpe o jeito. Se foi bem feito. Ou não foi. Tenha respeito. Seu capitão. Tenho direito à minha escuridão. O vento é manso. Quase um furacão. Escrevi no papel. Li no jornal. Quero ir pro céu. Só se for geral. É muita abelha pra pouco mel. É quase um drinque de gadernal. A nova moda é ser um sujo. Não incomoda ser um caramujo. A linha arrebenta. A pipa voou. Depois dos cinquenta. Nem sei mais quem eu sou. Se queima a pimenta. Fui eu quem botou. Palavras são palavras até na hora do gol. Até hoje não sei quem me marcou. No meio do deserto é tudo tão perto. Já fui um dia otário e hoje sou esperto. Me diga qual é o preço. Já é um bom começo. A carta já voltou. Faltou o endereço. Ainda tou na dúvida. Se subo ou se desço. Já tá tudo enfeitado. Faltou adereço. Quanto mais encolho. Eu cresço. Tanto mar. Tanto bar. Mais não há. Faltou até ar. Fila indiana. Fila bacana. Fim de semana. Em Copacabana. Os meus vícios são apenas indícios dos meus sacrifícios. É o Santo Ofício. É a Inquisição. Cheguei na exaustão. Meu coração bem na mão. Tudo bem. Nada além. Sou um neném. Aqui tudo tem...

(Extraído do livro "Insano" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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