os ventos jogam folhas no chão
as mesmas folhas que não quero varrer
não é problema do meu coração
se eu ainda insisto de sofrer e viver
cena comum, nada rara
o tempo corre na minha cara
acabo gostando do que não gostava
eis o destino de todos nós viventes
eu andando enquanto o pé sangrava
temos capricho com nossas correntes
cena comum, dia após dia
muita tristeza, um pouco de alegria
as más notícias lá vêm correndo
as boas acabam se perdendo no caminho
entretanto teimando vamos vivendo
temos uma rosa para tanto espinho
cena comum, cena discreta
a vida em curvas, a morte reta
alguns frutos caem não maduros
a culpa foi de um vento tão malvado
eu só ando por cantos mais escuros
cena comum, cena morta
o que terá atrás desta porta?
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