Perdão, meu amor, sou meio debochado,
O mundo é assim, é certo e errado,
Vamos então levando tudo na flauta,
O que já passou não faz mais falta,
Tou doente, tou tendo uma febre alta
Pode ser a falta que me faz a cachaça
Ou então foi a piada que perdeu a graça,
Deve ser porque nunca fui bom motorista
E acabo sempre derrapando na pista,
Mas por favor, não me cale, não insista
Já tá na hora da boia, me dá o meu rango,
O samba me alegra, me entristece o tango,
Sou apenas um pobre poeta cheio de vícios,
Não consigo perder a vontade dos precipícios,
Onde vêem os finais, eu enxergo os inícios
Não exagera na pintura, eu tenho ciúme,
Já tou no alto, bem lá em cima, lá no cume,
Tem uns dias que estou com essa tonteira,
Desligue essa televisão, chega de besteira,
É tanta da mentira, parece pingo de torneira
Perdão, meu amor, sou meio debochado,
O mundo é assim, será que será consertado?
Vamos então levando tudo na flauta,
Pois a mentira no mercado está em alta,
Que saudade, como você me faz falta...
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