Sem nome
aquilo que os meus olhos vêem
quando olho os seus
duas estrelas se acendem
e fazem tudo girar...
é a bailarina no palco vazio
que se deleita com a dança
mil cores escondidas numa só
e minha cabeça fica tonta
porque quer girar...
Sem nome
as curvas tuas que observo
com toda a máxima atenção
como os antigos alquimistas
trancados em seus calmos porões...
penso em quantas loucuras
em vôos mais que rasantes
como os falcões lá no alto
em busca da presa perfeita
em cálculos mais calculados...
Sem nome
vazio em mim mais que abismo
como vazios os fins dos carnavais
com esperança feito desespero
tal tempestades pelo deserto...
eu te procuro flor sem nome
força maior que meu oxigênio
e ainda que saia louco pelos caminhos
eu canto mais que os menestréis
e quem sabe um dia irei te encontrar...
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