sábado, 8 de setembro de 2018

Manarás, Maçãs e Pêssegos

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Manarás, maçãs e pêssegos, tudo fresquinho num mercado bem próximo de você! É só manter os olhos fechados e bem abertos, nunca vendo e sempre também. Não esqueça, coce o bolso, sorrisos acabam acabando logo!
Sufoco! Queremos filas sem alguma indiana chata, normal a idiossincrasia mais esperta. Fazemos rios sob encomenda, consulte nossa lista de apreços. Tão bom. Como aquele banquete canibal onde a razão foi expulsa logo de começo. 
Insano. Há alguma dúvida? O mar de Rebeca tem tatuagem asteca e ainda sobraram humanos sacrifícios. Todos os indícios foram apagados com capricho e dos jornais só sobraram os papéis. Nem precisa xingar, a vida já é um grande palavrão.
Acabo de inventar a invenção das invenções. Leilões gregos apregoados em espanhol com maneirismos de malaio húngaro. Se alguém entendeu foi pura coincidência. Os verbos já bateram os pés na bunda e ao mesmo tempo. 
O chato acabou de chegar! Tomou banhou, vestiu roupa nova e colocou gel no cabelo. Fui atropelado por um trem e não sobrou nada. Foi por causa do vinho, senhores! Ele muito me ajuda mesmo que não seja.
Assim é, se não não lhe parece. Os sacis colocaram próteses e agora possuem três braços, a perna que falta só deu mais status. Onde estão as figurinhas com tatuagem de mentirinha que vinham no chiclete? Ondas e palanques caem muito bem.
Que sono danado! Quem me dera um dia com duzentas e quarenta horas. Ficaria bem mais tempo sem fazer porra nenhuma. Só olhando o céu de marte e discutindo filosofia com minhas bolas de gude.
Exatamente! Quantos mariscos postos no carrinho e a queimada comendo solto. Faça-me o favor! Deixe-me um pouco de bits para o meu jantar. É muito bom com molho barbecue e uns raminhos de hortelã para nem sei o quê.
Que baque para o mágico de araque tocarem atabaque. Cansei de mostrar língua. Só que de vez em quando ó! Tomou papudo! Não desaprendi minha má-educação esmerada. Papai gastou foi mel com isso.
Juro pelo marquês de Sade que as novelas são baseadas em fatos reais! Morcegos agora amedrontam-se de noturnos passeios. É porque agora até os vampiros vegetarianos estão no pedaço. É pantomina demais pra fumaça dos meus charutos.
Querem saber o segredo da vitória? Perguntem pra ela. Patavina de desmaio na hora calculada. Casa na beira da praia dá tango. E as avenidas floridas estão cheias de corais. 
Só sei que nada sei e mais um pouquinho, ô "seu" Zé Bolacha. Comprou tudo, né? Até as espinhas do peixe. Pobre bichano, agora é só na latinha quando tem. Quem tem trem, tem bem.
Pode me fazer um grande favor? Vai pras três letras e não volte tão cedo. É isso aí. Coleção de carangos e rango de primeira. Nem medo de tênis tem mais. No Congo estão usando muita conga e dançando ela.
Eu me rendo às rendas e aos crachás. Tenho todas as explicações lógicas para o absurdo mais galopante. Só não reparem se é mais um pangaré. O cacareco passou no quebra-molas de metro em metro.
Saia de saia de vem em vez. Nitidamente quebro meus óculos em todas as manhãs. Faltou o fato e isso é deveras da Vera mesmo. Eu cato tudo e guardo no bolso. Não entender nada faz parte do nosso entendimento.
Agora chega de chega-pra-cá-chega-pra-lá. Os perfumes aprenderam à mentir desde então. Quem vai obrar a grande obra? Pra ler algum livro tem que ter marimba. Não erre mais do que o de costume. 
Eu grito todas as manhãs porque elas não são no entardecer. Seria mais bonito se seu conteúdo fosse algum tipo raro de beleza. Muitos elogios estão nas prateleiras. E as estantes pararam por instantes sua festa londrina.
Acabei de descobrir algo inédito. Eu sou eu e nem tem mais ninguém na espera...

(Extraído do livro "Insano" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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