A minha, a sua, a que mais se pode ter,
A que eu levo dias e dias sem ver,
A nua, a rua, a que você tem meu bebê
A poesia se esvaindo em sangue,
A rima indo por aí tão desvairada,
Cara de céu, de inferno, de mangue,
Cara suja, real, mentira mais deslavada
A minha, a sua, até talvez aquela nossa,
Conhecida ou a quem interessar possa,
Maluca, doida, varrida, séria, pura troça
Os versos enrolados feito um novelo,
A transformação do novelo em novela,
Ouça meu grito, escute o meu apelo,
Acabe com esse tiroteio na favela
A minha, a sua, a cara de todo mundo,
O riso tão raso, vira choro num segundo,
Eu amo, eu caso, deixo de ser vagabundo
Longe de mim, manhã feia e desgarrada,
Escrevo alguma coisa nesse meu cativeiro,
Nem se devo escrever até mais nada,
Minha cara bonita de qualquer fevereiro...
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