Meus demônios estão à solta. Cumprindo naturais tarefas de casa em tarde azuis com enfeites barrocos. É tão chique. Ventos vindos de sei lá qual cercania acariciam meus cansados pés...
Tenho vários compromissos urgentes à que faltar me acreditando ou não. Acabaram-se os sofismas dos pintores das calçadas e assim vai claudicando a nossa pobre humanidade...
Quase nem sei que ondas volteiam os ares da praça e pombos azuis capricham em seus arrulhos fagueiros. Sinonímia pura esta. O mapa do tesouro está bem guardado dentro do baú...
Quase não faz falta as bandas que tocavam alegremente em dias frios e tristes. Eu observo o sobrado no tempo que tem me sobrado com as minhas sobras...
Agora em algum lugar por aí pode existir toda uma história ou simplesmente nada. Quase todas as faixas são de Gaza e nisso se incluem as dos velho rádio de madeira...
Estou esperando aquele dia bonito em que as rochas comecem a me contar algumas trivialidades. Os estetas começaram o seu trabalho atrasado e nem se preocuparam com a pressa dos meus batimentos cardíacos...
Cada qual com seu cada all. As agulhas servem de palitos e de avisos dum cotidiano sem graça alguma. Muito sono e desonestidade nos pesos e nas medidas mesmo que estejam exatas...
É isso. Levantei as sobrancelhas ao inventar novos verbos. O homem que vende bolinhos discute novos paradigmas em todos os dias que está presente e ainda assim sua ausência nem é notada...
As ruas são ruas mesmo. Acabei de descobri isso no velho almanaque que desenterrei de um emaranhado de fatos. Quero que o mundo se acabe quando se acabar no final. As coristas mostram belas coxas...
É um bom pesadelo este. Conferir medalhas aos meninos bem comportados do front. Quem mata mais e conta as piadas mais hilárias. Quiabos e couves dão boa colheita. Tudo é muito sui generis...
Não repare a bagunça. É um trabalho cansativo de muitos séculos e algum esforço. Nem sei quantas galinholas demorei com isto. É muito compreensível o fato de ser incompreensível na hora em que engasgamos com os brindes...
As bananas maduraram demais e por isso demoraram de menos. Faz parte do meu entusiasmo ficar apreensivo. É como uma dor de dentes que acabou em música. Quanto melhor é maior mesmo...
A minha velocidade veio em câmera lenta. Como suspiro de ovos de avestruz. Interesse is interesse. Os morcegos que o digam. Todas as minhas antíteses acabam de chegar da hora do recreio. Quero muito respeito nessa hora...
Quase mil e mais aquele tantinho. Tempero de pobre é boca. Pobre de quem não leu o aviso. É proibido fumar pouco. Ladainhas são ladainhas. O new prodígio é totalmente idiota. Meus demônios estão à solta...
(Extraído do livro "Insano" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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