sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

NonSense N°1


Nossa quase perdi as estribeiras bandida
O sol tava quente demais pra qualquer pensamento
E de vez em quando damos uma escapulida pelos céus
Quase gozei cinco vezes e meia nessa última meia hora
Tentando decifrar uma aforisma matemático
De como a vida pode ser breve em cem anos
Cem anos é pouco muito pouco mesmo
Se levarmos em conta os gibis que podemos ler
E a sua releitura pode ser obrigatória às vezes
Venha cá me chateie mais um pouco
Dê-me os beijos que não pedi em verbo algum
Estamos tristes é bem verdade
Mas é o compromisso registrado em cartório
Sem lágrimas fica difícil entender a piada
E alguns enterros podem ser mais divertidos
As carpideiras aprenderam a dançar
E os rouxinóis acabaram fazendo greve
São sóis estes de fim de ano coincidentes
E por mais que seja claro serei obscuro
Não faço enigmas mas sou um deles
E se sobrevivi à muitos barcos e barcos
É porque as novelas nunca acabam na verdade
Deixei alguns versos por aí e vou buscá-los
São muito importantes tê-los junto comigo
Para jogá-los fora quando quiser
Eu sou o show o garoto-propaganda do verão passado
A nudez coberta em panos transparentes
Caí de pára-quedas no meio do front
Distribuindo tiros e sorrisos ao mesmo tempo
Nunca pense nos peixes se não tiver águas
E águas muitas e muitas por falar nisto
Automaticamente como uma psicografia freudiana
Negamos tudo para que tudo seja reafirmado
Está em liquidação ser bom ou mau
De uma forma ou outra o destino andará
Meia volta ou volta e meia tudo é volta
E encontramos sentido até onde não está...

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