terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Com O Aval da Carne

Resultado de imagem para carnaval em veneza
Fui feliz e não sabia
Quando minha cara ria
E eu pensava que era sem motivo
Mas o motivo era estar vivo
Respirei e respiramos
Amei e talvez nos amamos
Em público ou em segredo
E eu acho que nem tinha medo
Era bom se embriagar
Beber o mesmo tanto que o mar
E se a cabeça tonteasse
O resto então que esperasse
Comer beber dormir
Chegar ficar depois partir
Isso tudo faz mais parte
Do que qualquer outra arte
Só há luz não escuridão
Não há silêncio só canção
E tudo que fere ainda acaricia
E eu não notei quem diria?
Fui menestrel fiz jogral
Numa cadência de bem e mal
E nada era na verdade diferente
Nem a ferida muito menos o doente

Fui feliz e não sabia

Quando minha alma ria
E eu não achava qual o motivo
Mas o motivo era ser vivo
Suspirei e suspiramos
Odiei e também odiamos
Com coragem ou com medo
Sem rota ou com enredo
Era bom se encantar
De certa maneira com o que há
E se o corpo balançasse
Que a dança então começasse
Transar amar parir
Acordar beijar dormir
Isso tudo feito com arte
Cada um com a sua parte
Só há dor e só há compaixão
A boca fala sim e fala não
E tudo que estranha conhece
Mesmo se a brasa arrefece
Fui bacharel fiz jornal
Na cadência de um carnaval
E nada era na verdade diferente
Nem a ferida muito menos o doente

3 comentários:

  1. Parabéns poeta Carlinhos de Almeida por essa poesia maravilhosa que fla do amor e da falta de consciência que temos de que amar é viver, amar é tudo e ser amado ainda mais. Abraços poeta amigo.

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