As mesmas flores num tempo eterno.
Tudo muda. Menos elas.
Murchas ou vivas. Mudas ou não.
Secas ou sob a chuva forte de agora.
São elas que enfeitam. São elas que colorem.
Dão vida à vida. Ou à morte.
São elas nos teus cabelos.
São elas na minha quase despedida.
São as pétalas em minha boca.
Ou ainda enfeitando teu caminho.
Minhas amigas verdadeiras.
Ou meu carrasco que leva ao cadafalso.
A homenagem jogada lá da platéia.
O touro sangrado na arena cheia de sol.
São elas. São elas. São elas.
Com o todos os nomes possíveis.
Ou sem nome algum...
Nas pontas dos galhos da laranjeira.
Nas fotos amareladas de um tempo bom.
Desenhadas numa areia de antes.
Ou em velhos papéis de escola.
Os girassóis giram o sol.
E as damas-da-moite reinam na madrugadas.
São elas nos teus cabelos.
E o mesmo perfume delas nos lençóis.
Minha salvação e minha loucura juntas.
A visão além de todos os olhos no escuro.
Quando estou e quando estás.
As mesmas flores. As mesmas flores...
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